Enquanto a literatura da especialidade e a comunicação social se esforçavam por operacionalizar os conceitos de AMOR e SEXO, surgiu no mercado uma música da cantora brasileira Rita Lee com um poema delicioso. O texto “brinca” com os dois temas e, de uma forma absolutamente despretensiosa, consegue aquilo que nenhum psicólogo ou teórico da conjugalidade conseguira até então. Alguns poderão considerá-lo “piroso” ou redutor, mas poucos lhe ficarão indiferentes. Embora desconfie que a diva Rita Lee jamais tenha recebido formação em terapia conjugal, gosto de roubar uma das suas frases e utilizá-la em contexto terapêutico: “Amor sem sexo é amizade”. De facto, chamo muitas vezes a atenção dos casais com quem trabalho para a importância da sexualidade para a satisfação conjugal. Nenhuma relação conjugal pode ser reduzida a esta área, contudo, os casais que a ignoram colocam em risco a sua união. “Amor e Sexo” – Rita Lee Amor é um livro Sexo é esporte Sexo é escolha Amor é sorte Amor é pensamento, teorema Amor é novela Sexo é cinema Sexo é imaginação, fantasia Amor é prosa Sexo é poesia O amor nos torna patéticos Sexo é uma selva de epilépticos Amor é cristão Sexo é pagão Amor é latifúndio Sexo é invasão Amor é divino Sexo é animal Amor é bossa-nova Sexo é Carnaval Amor é para sempre Sexo também Sexo é do bom Amor é do bem Amor sem sexo é amizade Sexo sem amor é vontade Amor é um Sexo é dois Sexo antes Amor depois Sexo vem dos outros e vai embora Amor vem de nós e demora Amor é isso Sexo é aquilo E coisa e tal E tal e coisa Ai, o amor Hum, o sexo! |
23.10.05
AMOR E SEXO
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Conjugalidade