Para a generalidade das pessoas, a palavra infidelidade implica um relacionamento com uma forte componente sexual. Contudo, é sabido que quase todas as relações extraconjugais começam por ser uma “amizade especial”. Por isso, os psicólogos e terapeutas de casal são constantemente confrontados com questões acerca dos “sinais” que permitam identificar uma situação de infidelidade em potência. Todas as pessoas, de um modo geral, e aquelas que já foram traídas, em particular, gostariam de encontrar a “fórmula” que lhes garantisse a imunidade a traições.
Tanto quanto sei, os “sinais” normalmente anunciados por detectives “experientes” ou por supostos peritos em infidelidade (leia-se: pessoas traídas uma ou mais vezes) não passam de informações mais ou menos sensacionalistas capazes de arruinar relações.
A base de uma relação é a confiança, pelo que a existência de comportamentos “suspeitos” deve ser resolvida na base do diálogo franco, e não através de crenças irracionais alimentadas por “fantasmas”. Se o cônjuge passa a vida com o telemóvel desligado, é preferível expressar o incómodo ou a dúvida através de frases como “Sinto-me inseguro(a) com o facto de manteres o telemóvel desligado enquanto estamos juntos” ou “Por que desligas o telemóvel quando estamos juntos?”. A ideia é expressar uma necessidade ou sentimento, sem que o cônjuge se sinta “atacado”.
Pelo contrário, se a dúvida se manifestar através da convicção de que ele(a) esconde algo (“Tenho a certeza de que estás a esconder alguma coisa”), é provável que a comunicação evolua para um ciclo vicioso.
Na verdade, este texto não é dirigido aos cônjuges-potencialmente-traídos, mas antes aos cônjuges-potencialmente-traidores. Os estudos nesta área da conjugalidade há muito que identificaram pelo menos três sinais indicadores do princípio da infidelidade emocional:
♥ Maior intimidade emocional com a terceira pessoa do que com o cônjuge – Se o bem-estar que advém do seu casamento é francamente superado pelo bem-estar que sente quando está com a terceira pessoa, é provável que este envolvimento já não seja só uma amizade. Mesmo que ainda não tenha existido qualquer troca de palavras românticas e/ou atrevidas, a relação “oficial” está em risco. As conversas com este(a) amigo(a) especial – que até pode ser um(a) vizinho(a), um(a) colega de trabalho ou o pai (a mãe) de um amiguinho dos seus filhos – são vistas (por si) como um escape às dificuldades do casamento e, progressivamente, o diálogo com o seu cônjuge transforma-se numa reduzida troca de palavras amargas.
Tanto quanto sei, os “sinais” normalmente anunciados por detectives “experientes” ou por supostos peritos em infidelidade (leia-se: pessoas traídas uma ou mais vezes) não passam de informações mais ou menos sensacionalistas capazes de arruinar relações.
A base de uma relação é a confiança, pelo que a existência de comportamentos “suspeitos” deve ser resolvida na base do diálogo franco, e não através de crenças irracionais alimentadas por “fantasmas”. Se o cônjuge passa a vida com o telemóvel desligado, é preferível expressar o incómodo ou a dúvida através de frases como “Sinto-me inseguro(a) com o facto de manteres o telemóvel desligado enquanto estamos juntos” ou “Por que desligas o telemóvel quando estamos juntos?”. A ideia é expressar uma necessidade ou sentimento, sem que o cônjuge se sinta “atacado”.
Pelo contrário, se a dúvida se manifestar através da convicção de que ele(a) esconde algo (“Tenho a certeza de que estás a esconder alguma coisa”), é provável que a comunicação evolua para um ciclo vicioso.
Na verdade, este texto não é dirigido aos cônjuges-potencialmente-traídos, mas antes aos cônjuges-potencialmente-traidores. Os estudos nesta área da conjugalidade há muito que identificaram pelo menos três sinais indicadores do princípio da infidelidade emocional:
♥ Maior intimidade emocional com a terceira pessoa do que com o cônjuge – Se o bem-estar que advém do seu casamento é francamente superado pelo bem-estar que sente quando está com a terceira pessoa, é provável que este envolvimento já não seja só uma amizade. Mesmo que ainda não tenha existido qualquer troca de palavras românticas e/ou atrevidas, a relação “oficial” está em risco. As conversas com este(a) amigo(a) especial – que até pode ser um(a) vizinho(a), um(a) colega de trabalho ou o pai (a mãe) de um amiguinho dos seus filhos – são vistas (por si) como um escape às dificuldades do casamento e, progressivamente, o diálogo com o seu cônjuge transforma-se numa reduzida troca de palavras amargas.
♥ Segredo – Consciente ou inconscientemente evita partilhar com o seu cônjuge os momentos passados com a terceira pessoa ou as conversas que mantiveram? Se a sua resposta for “Sim, mas isso só acontece porque não considero que seja relevante”, pare para pensar. Até que ponto não estará a transferir energias para esta relação? Mais: faria exactamente a mesma coisa se tivesse a certeza de que o seu cônjuge acederia a essas conversas? Se a sua resposta for não, esta não é uma relação inócua ao seu casamento.
♥ Atracção física – Se a presença ou o contacto com a terceira pessoa acarreta uma espécie de activação fisiológica (aceleração do batimento cardíaco, nervosismo, euforia) característica da existência de uma “química especial”, desengane-se: isto não é, definitivamente, uma amizade. É provável que não esteja satisfeito com o seu casamento, mesmo que não seja capaz de identificar as lacunas existentes.
A infidelidade não é um comportamento exclusivo das pessoas com pouco carácter, pelo que é importante que cada um possa reflectir honestamente sobre o seu próprio comportamento. O facto de partilhar interesses e/ou brincadeiras quando está sozinho(a) com um(a) amigo(a) não implica que esteja a ser infiel do ponto de vista emocional. Basta um exercício simples para que possa auto-avaliar-se: quando estiver nessas circunstâncias, imagine que está a ser observado pelo seu cônjuge. Faria tudo da mesma maneira?