Há algum tempo tive oportunidade de escrever aqui sobre os modelos de organização familiar. Relativamente ao modelo patriarcal, referi:
O modelo patriarcal é caracterizado pela divisão rígida dos papéis. Nestas famílias o homem é responsável por garantir o sustento financeiro e a mulher desempenha as funções relacionadas com a lida da casa e com os cuidados prestados aos filhos. Este formato implica quase sempre desequilíbrios em termos do poder. Por exemplo, apesar de a mãe passar mais tempo com os filhos, nem sempre é vista como uma figura de autoridade. Pelo contrário, as decisões mais importantes passam quase sempre pelo pai. A taxa de divórcio é muito baixa nestas famílias devido à dependência financeira da mulher.
Em Portugal, esta alternativa não está tão presente como nalguns países da Europa ou da América. A generalidade dos pais acaba por formar casais de dupla carreira, ou seja, em que ambos trabalham (dentro e fora de casa). Esta evidência não está relacionada com a progressão nos estudos nem tão pouco com o facto de sermos um povo mais moderno do que os outros.
Somos, isso sim, um povo com fraquíssimo poder de compra, pelo que, a generalidade das famílias acaba por não ter muitas opções. A ideia de que um dos progenitores possa ficar em casa durante os primeiros anos de vida das crianças agradaria a uma boa parte dos casais. Sim, ao contrário do que se possa pensar, esta não é uma decisão que caiba à mãe, mas ao casal.
Machismos e ideias feministas à parte, muitos pais e mães gostariam de poder acompanhar o crescimento dos seus filhos de forma diferente. E como nem todos podem contar com a ajuda preciosa dos avós, as crianças são muitas vezes “depositadas” em infantários, a contra-gosto dos pais.
Por isso, em Portugal, ficar com as crianças em casa acaba por não ser verdadeiramente uma alternativa. É cada vez mais um luxo a que apenas uma pequena fatia da população pode aceder.
Não defendo o modelo tradicional como o mais eficaz ou como o mais adequado à educação das crianças. Mas acredito que a qualidade de vida das famílias portuguesas seria significativamente superior se cada casal pudesse fazer as suas escolhas baseado numa negociação franca de todas as alternativas.
O modelo patriarcal é caracterizado pela divisão rígida dos papéis. Nestas famílias o homem é responsável por garantir o sustento financeiro e a mulher desempenha as funções relacionadas com a lida da casa e com os cuidados prestados aos filhos. Este formato implica quase sempre desequilíbrios em termos do poder. Por exemplo, apesar de a mãe passar mais tempo com os filhos, nem sempre é vista como uma figura de autoridade. Pelo contrário, as decisões mais importantes passam quase sempre pelo pai. A taxa de divórcio é muito baixa nestas famílias devido à dependência financeira da mulher.
Em Portugal, esta alternativa não está tão presente como nalguns países da Europa ou da América. A generalidade dos pais acaba por formar casais de dupla carreira, ou seja, em que ambos trabalham (dentro e fora de casa). Esta evidência não está relacionada com a progressão nos estudos nem tão pouco com o facto de sermos um povo mais moderno do que os outros.
Somos, isso sim, um povo com fraquíssimo poder de compra, pelo que, a generalidade das famílias acaba por não ter muitas opções. A ideia de que um dos progenitores possa ficar em casa durante os primeiros anos de vida das crianças agradaria a uma boa parte dos casais. Sim, ao contrário do que se possa pensar, esta não é uma decisão que caiba à mãe, mas ao casal.
Machismos e ideias feministas à parte, muitos pais e mães gostariam de poder acompanhar o crescimento dos seus filhos de forma diferente. E como nem todos podem contar com a ajuda preciosa dos avós, as crianças são muitas vezes “depositadas” em infantários, a contra-gosto dos pais.
Por isso, em Portugal, ficar com as crianças em casa acaba por não ser verdadeiramente uma alternativa. É cada vez mais um luxo a que apenas uma pequena fatia da população pode aceder.
Não defendo o modelo tradicional como o mais eficaz ou como o mais adequado à educação das crianças. Mas acredito que a qualidade de vida das famílias portuguesas seria significativamente superior se cada casal pudesse fazer as suas escolhas baseado numa negociação franca de todas as alternativas.