Alguns factos relevantes:
- De um modo geral, as mulheres possuem redes sociais mais vastas do que os homens – têm mais e amigos e conhecidos – e, na altura da separação, sentem-se mais apoiadas. Também é verdade que estão mais habituadas a falar sobre os seus sentimentos, pelo que, para elas, é menos embaraçoso falar sobre o fim da relação e procurar o apoio de familiares e amigos.
- Apesar de existirem cada vez mais casais que, em caso de divórcio, optam pela guarda conjunta, o modelo dominante ainda continua a ser o que confere o poder paternal à mãe. Depois da separação, muitos homens vêem os filhos de quinze em quinze dias. O sentimento de pertença familiar acaba por ser mais forte na “casa da mãe”. A solidão é maior para os homens.
- O cônjuge que fica com a guarda das crianças sente-se, inevitavelmente, mais sobrecarregado em termos da gestão dos diferentes papéis – parental, profissional, etc. A disponibilidade para investir numa nova relação amorosa é menor.
- Em caso de viuvez, ainda é comum assistir-se a alguma disparidade na forma como homens e mulheres são vistos quando decidem voltar a namorar. Ouvimos com frequência que um homem viúvo “precisa” de encontrar outra mulher – nem que seja para cuidar da casa!! Mas quando uma mulher viúva reencontra o amor, é quase sempre “cedo demais”.