Expressar sexualmente o amor romântico é muito mais do que concretizar o acto sexual. Este pilar é extensível a toda a comunicação pré e pós relação sexual. Por exemplo, alguns casais vivem afastados geograficamente e só podem estar fisicamente juntos de vez em quando, no entanto, são capazes de alimentar a sua sexualidade, mesmo que seja à distância. A expressão de desejo pelo cônjuge pode ser dissociada da concretização do acto sexual e, assim, alimentar a paixão e o grau de segurança dos cônjuges. Quando um dos membros do casal envia um e-mail ou um SMS a manifestar o seu desejo pelo cônjuge, não está só a centrar-se numa necessidade fisiológica. Está também a “lembrar” o companheiro do quanto o ama e o deseja.
Mais do que em qualquer outro pilar, é expectável que, nesta área, os membros do casal possam sentir-se condicionados por constrangimentos morais. Nem todas as pessoas se sentem à vontade para expressar o seu desejo, nem tão-pouco para falar sobre as suas fantasias. No entanto, é importante que cada um dos membros do casal se esforce no sentido de derrubar algumas barreiras e preconceitos e, assim, explorar a sua satisfação sexual. É expectável que o desconforto possa ser minimizado desde que haja respeito pelas características de cada um. A pressão é contraproducente, como o são a autocentração e a dificuldade em ir ao encontro dos desejos do cônjuge.
Para que as relações sexuais sejam uma fonte de prazer para ambos, é crucial que os membros do casal se sintam à vontade para expressar aquilo de que gostam e aquilo com que se sentem menos confortáveis.
Finalmente, também há diferenças inter-individuais no que toca ao período pós relação sexual. Quanto mais eficaz for a comunicação do casal, menores serão os constrangimentos e os equívocos. Algumas pessoas precisam de se sentir acarinhadas nestes momentos, enquanto outras tenderão a levantar-se imediatamente, sem que isso implique que o outro possa ser visto como descartável.