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23.9.08

VIOLÊNCIA ESCOLAR

Aquando do início de cada ano lectivo, pais e alunos enfrentam grandes desafios. Para além das expectativas associadas ao desempenho académico de cada criança/ adolescente, todos esperam que ao nível do comportamento e das relações com a população escolar não haja sobressaltos. Os pais dos alunos com historial de problemas de comportamento torcem para que “seja desta”; enquanto os pais dos alunos mais novos temem pela segurança e integração das suas crianças, em particular em escolas com diferentes níveis de ensino.

Fenómenos como o bullying estão cada vez mais presentes no léxico dos adultos e nem os “miúdos” disfarçam o nervosismo inerente à passagem para o segundo ciclo, o que implica quase sempre a mudança para a escola dos crescidos. Muitos enfrentam o novo estabelecimento de ensino munidos de recomendações que supostamente os deveriam preparar para as tentativas de agressão a que estarão expostos – roubo do lanche ou das senhas do bar, intimidação, etc…

De um modo geral, tem vindo a enraizar-se a ideia de que os rapazes são mais dados à violência física e que as raparigas, perversas, são peritas em violência indirecta, isto é, mais psicológica. Aos rapazes corresponde a imagem dos vilões com mangas arregaçadas, enquanto as raparigas se uniriam para, através dos boatos e mexericos, subjugarem, rotularem e, claro, colocarem de parte os alvos da sua maledicência.

Mas o estudo detalhado dos factos permite-nos perceber que os comportamentos não estão assim tão estereotipados e que, afinal, as diferenças de género correspondem mais a ideias preconcebidas e expectativas sociais do que a acontecimentos reais. Na verdade, as crianças que exercem um tipo de violência acabam por aplicar também a outra forma.

Os diferentes padrões de violência podem estar associados, isso sim, a diferentes consequências. Por exemplo, a agressão física está muitas vezes relacionada com o aparecimento de problemas de delinquência, sintomas de Distúrbio de Défice de Atenção e Hiperactividade e problemas no relacionamento com colegas. Os alunos expostos a agressão social tornam-se mais expostos a estados depressivos e diminuição da auto-estima.
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