Como tive oportunidade de referir antes, a perturbação pós-stress traumático atinge cerca de 5% da população portuguesa, sendo que nem todos os casos estão relacionados com experiências militares, como muitas vezes se pensa. A reflexão que hoje proponho envolve os familiares destes doentes, concretamente os cônjuges. Porquê? Porque quem está casado com uma pessoa que sofra desta perturbação é, ao mesmo tempo, uma potencial vítima das consequências da doença e um pilar importante para a recuperação.
De um modo geral, todas as doenças do foro mental têm repercussões ao nível familiar e a perturbação pós-stress traumático não é excepção. Infelizmente, nem todas as intervenções terapêuticas têm em consideração este facto.
Se a ansiedade e a depressão tomarem conta da vida do doente, é expectável que haja repercussões sérias para a relação conjugal. Como as reacções podem ser desajustadas ou desproporcionadas, é legítimo que surjam problemas de comunicação sérios. Infelizmente, nalguns casos esses problemas evoluem para situações de agressão física entre os cônjuges, que requerem um acompanhamento médico ajustado.
Um estudo que envolvia veteranos do Vietname mostrou que mais de 40% dos militares a quem tinha sido diagnosticada a perturbação pós-stress traumático já tinham agredido fisicamente as suas mulheres; e mais de 90% admitiram terem sido agressivos verbalmente.
Como se sabe, o grande problema desta perturbação está associado à resposta desajustada que é dada a uma situação potencialmente ameaçadora. Condicionado pela intensidade do acontecimento traumático, o doente pode reagir de forma exagerada a uma situação que, aos olhos dos outros, nada tem de ameaçadora.
Claro que nada desculpa uma agressão. A importância destes estudos prende-se com a ajuda que deve ser dada a todas as famílias que sofram com esta perturbação. A intervenção terapêutica é importante no sentido de promover competências ao nível da comunicação conjugal e da gestão da raiva.
O estreitamento dos laços matrimoniais constitui uma mais-valia para a recuperação do próprio doente. De facto, as investigações demonstram que quanto mais estável e satisfatória for a relação conjugal, menor é a probabilidade de a vítima de perturbação pós-stress traumático poder sofrer de depressões ou vir a envolver-se em abuso de substâncias.
Como nenhuma família merece viver sob níveis elevados de tensão, ansiedade e violência, é importante reconhecer que se precisa de ajuda. “Passar a mão pela cabeça” do doente não contribui em nada para a sua recuperação – pelo contrário! A assunção do problema é essencial para restaurar o bem-estar da família.
De um modo geral, todas as doenças do foro mental têm repercussões ao nível familiar e a perturbação pós-stress traumático não é excepção. Infelizmente, nem todas as intervenções terapêuticas têm em consideração este facto.
Se a ansiedade e a depressão tomarem conta da vida do doente, é expectável que haja repercussões sérias para a relação conjugal. Como as reacções podem ser desajustadas ou desproporcionadas, é legítimo que surjam problemas de comunicação sérios. Infelizmente, nalguns casos esses problemas evoluem para situações de agressão física entre os cônjuges, que requerem um acompanhamento médico ajustado.
Um estudo que envolvia veteranos do Vietname mostrou que mais de 40% dos militares a quem tinha sido diagnosticada a perturbação pós-stress traumático já tinham agredido fisicamente as suas mulheres; e mais de 90% admitiram terem sido agressivos verbalmente.
Como se sabe, o grande problema desta perturbação está associado à resposta desajustada que é dada a uma situação potencialmente ameaçadora. Condicionado pela intensidade do acontecimento traumático, o doente pode reagir de forma exagerada a uma situação que, aos olhos dos outros, nada tem de ameaçadora.
Claro que nada desculpa uma agressão. A importância destes estudos prende-se com a ajuda que deve ser dada a todas as famílias que sofram com esta perturbação. A intervenção terapêutica é importante no sentido de promover competências ao nível da comunicação conjugal e da gestão da raiva.
O estreitamento dos laços matrimoniais constitui uma mais-valia para a recuperação do próprio doente. De facto, as investigações demonstram que quanto mais estável e satisfatória for a relação conjugal, menor é a probabilidade de a vítima de perturbação pós-stress traumático poder sofrer de depressões ou vir a envolver-se em abuso de substâncias.
Como nenhuma família merece viver sob níveis elevados de tensão, ansiedade e violência, é importante reconhecer que se precisa de ajuda. “Passar a mão pela cabeça” do doente não contribui em nada para a sua recuperação – pelo contrário! A assunção do problema é essencial para restaurar o bem-estar da família.