A gravidez é cada vez mais fruto de planeamento, pelo que se trata quase sempre de um período muito desejado pelo casal. Actualmente a primeira gravidez surge depois da conclusão do percurso académico, consolidação profissional e financeira e estabilidade emocional. Mas esta idealização pode culminar numa (inesperada) depressão pós-parto.
De facto, e apesar de a generalidade das pessoas acreditar que o pior só acontece aos outros (neste caso, às outras), a depressão pós-parto já faz parte do léxico comum. Para isso, muito se deve à contribuição dos meios de comunicação social e ao testemunho de mulheres que não tiveram vergonha de dar a cara.
A sensibilização tem sido tão intensa que as mulheres que já passaram por um transtorno depressivo são particularmente cuidadas e atentas aquando da sua primeira gravidez – lêem sobre depressão pós-parto e abordam o assunto com o seu médico.
A depressão durante a gravidez tem recebido pouca atenção, pelo que é ainda uma realidade pouco conhecida. Por se tratar de um período em que os cuidados estão centrados na formação do bebé, os sintomas depressivos são muitas vezes ignorados. Aquele momento tão sonhado/ preparado é aparentemente incompatível com esta perturbação. Para algumas mulheres, a vergonha acaba mesmo por comprometer o pedido de ajuda especializada. Pior do que isso: com receio de que o médico possa prescrever-lhes medicação antidepressiva (em relação à qual há ainda muita controvérsia), muitas mulheres escondem o problema. Estes medos prendem-se com a hipótese de os medicamentos poderem afectar o normal desenvolvimento do bebé e acabam por estender-se a outras alternativas terapêuticas, como a Psicoterapia, já que, ao evitar partilhar o assunto com o seu médico, a mulher acaba por “fingir” que está tudo bem.
Hoje sabemos que o impacto deste isolamento é muito mais abrangente do que se poderia pensar, já que não é só a saúde da mulher que é afectada pela ausência de resposta aos sintomas depressivos. A depressão durante a gravidez duplica o risco de parto prematuro e esse risco cresce em função da severidade dos sintomas.
Importa lembrar que o parto prematuro é a principal causa de mortalidade infantil, ainda que não se saiba exactamente porquê. Aquilo que se sabe é que uma gravidez é tão mais saudável quanto mais saudável for a placenta, e que esta é influenciada por hormonas, que por sua vez são influenciadas pelo cérebro.
Assim, o aumento da eficácia no reconhecimento e diagnóstico de depressão durante a gravidez é fundamental para reduzir os riscos de parto prematuro e, consequentemente, de morte infantil.
De facto, e apesar de a generalidade das pessoas acreditar que o pior só acontece aos outros (neste caso, às outras), a depressão pós-parto já faz parte do léxico comum. Para isso, muito se deve à contribuição dos meios de comunicação social e ao testemunho de mulheres que não tiveram vergonha de dar a cara.
A sensibilização tem sido tão intensa que as mulheres que já passaram por um transtorno depressivo são particularmente cuidadas e atentas aquando da sua primeira gravidez – lêem sobre depressão pós-parto e abordam o assunto com o seu médico.
A depressão durante a gravidez tem recebido pouca atenção, pelo que é ainda uma realidade pouco conhecida. Por se tratar de um período em que os cuidados estão centrados na formação do bebé, os sintomas depressivos são muitas vezes ignorados. Aquele momento tão sonhado/ preparado é aparentemente incompatível com esta perturbação. Para algumas mulheres, a vergonha acaba mesmo por comprometer o pedido de ajuda especializada. Pior do que isso: com receio de que o médico possa prescrever-lhes medicação antidepressiva (em relação à qual há ainda muita controvérsia), muitas mulheres escondem o problema. Estes medos prendem-se com a hipótese de os medicamentos poderem afectar o normal desenvolvimento do bebé e acabam por estender-se a outras alternativas terapêuticas, como a Psicoterapia, já que, ao evitar partilhar o assunto com o seu médico, a mulher acaba por “fingir” que está tudo bem.
Hoje sabemos que o impacto deste isolamento é muito mais abrangente do que se poderia pensar, já que não é só a saúde da mulher que é afectada pela ausência de resposta aos sintomas depressivos. A depressão durante a gravidez duplica o risco de parto prematuro e esse risco cresce em função da severidade dos sintomas.
Importa lembrar que o parto prematuro é a principal causa de mortalidade infantil, ainda que não se saiba exactamente porquê. Aquilo que se sabe é que uma gravidez é tão mais saudável quanto mais saudável for a placenta, e que esta é influenciada por hormonas, que por sua vez são influenciadas pelo cérebro.
Assim, o aumento da eficácia no reconhecimento e diagnóstico de depressão durante a gravidez é fundamental para reduzir os riscos de parto prematuro e, consequentemente, de morte infantil.