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11.10.10

AS 5 FASES DO AMOR

Cada relação amorosa é única e especial, mas todos os amores evoluem, obedecendo a um ciclo de vida, pelo menos no que diz respeito às relações marcadas pelo compromisso. É verdade que quando escolhemos casar ou comprometermo-nos com alguém não estamos propriamente a pensar nas diferentes fases do amor romântico e muito menos naquilo que caracteriza a fase em que estamos. Mas para que vivamos relações maduras e enfrentemos o lado lunar do amor importa que tenhamos consciência destes diferentes estádios. Note-se que cada casal evolui ao seu ritmo, à sua velocidade e, não raras vezes, há avanços e recuos entre estes estádios.

  1. ENAMORAMENTO. Todas as relações amorosas começam pelo estado apaixonado. Esta é a fase em que a única coisa de que precisamos é de pertencer a este amor. Num período que pode variar entre 2 meses e 2 anos, mas que dura em média 6 meses, boa parte dos pensamentos são ocupados pela exploração das qualidades do cônjuge, pelas fantasias e sonhos a respeito do futuro ao lado daquela pessoa. Esta é a altura em que os membros do casal têm oportunidade de experimentar, de saborear, de imaginar o potencial da vida a dois. O corpo produz uma quantidade industrial de endorfinas, que contribuem para um estado de felicidade exacerbada.
  2. LUTAS DE PODER. À medida que os membros do casal exploram as características do outro descobrem as diferenças que os separam e dá-se início a lutas de poder. Esta é a fase mais difícil do ciclo de vida de uma relação, aquela em que mais frequentemente se dá a ruptura conjugal. E porquê? Porque à medida que os membros do casal se tornam mais íntimos do ponto de vista físico e emocional, vêem à tona as suas fragilidades e vulnerabilidades e os conflitos começam a surgir. Claro que esta é também a oportunidade de ver a relação crescer, à medida que os membros do casal se reconhecem como pessoas com qualidades e vulnerabilidades. Durante esta fase, que nalguns casos dura vários anos, o casal tem 3 alternativas: terminar a relação, continuar juntos mas vivendo vidas paralelas ou aprender a discutir e negociar de forma emocionalmente inteligente, isto é, permitindo que ambos ganhem e respeitando a individualidade de cada um.
  3. ESTABILIDADE. A sobrevivência ao estádio anterior determina que os membros do casal tenham adquirido competências que lhes permitem agora conviver com as diferenças e estabelecer fronteiras claras. Reconhecida a individualidade e liberdade de cada um, o perigo desta fase é o de os membros do casal chegarem à conclusão de que seguiram ou querem seguir caminhos diferentes. Quando os sonhos não se concretizam, há a sensação de perda e de tristeza. Os membros do casal sentem-se entediados com a relação, começando a perceber que têm pouco em comum. Não são capazes de projectar a relação no futuro, deixam de sonhar a dois e fixam-se no presente. É a segunda fase mais propícia ao divórcio e também aquela em que frequentemente as pessoas decidem recorrer à terapia de casal. No início é confortável chegar a acordo em relação à impossibilidade de mudar o outro à nossa imagem, mas a vida (e o amor) é feita de crescimento e mudança constantes. Nesta fase o casal pode tirar partido do seu percurso, da sua história, para preservar a relação – aí, ou o respeito mútuo permite que a relação evolua, ou o casal volta às lutas de poder.
  4. COMPROMISSO. Esta é a fase em que os membros do casal fazem escolhas que reflectem o conhecimento que têm de si mesmos e do parceiro, reconhecendo as diferenças, mas também os sonhos comuns. Este é o período em que aquelas duas pessoas percebem que não “precisam” de estar juntas mas “escolhem” estar juntas. Os membros do casal sentem-se confortáveis, seguros e felizes com o facto de terem construído uma relação sólida. Claro que este bem-estar também implica perdas, na medida em que para que as pessoas continuem juntas têm de aceitar o outro tal como ele é e abandonar a idealização. Para que a rotina e o tédio não se instalem, é crucial que os membros do casal mantenham a vontade de alimentar a conexão emocional, a sedução, o flirt e a certeza de que o outro é “a” prioridade.
  5. VIDA A DOIS. Nesta fase os membros do casal já assumiram que são uma equipa e estão prontos para enfrentar o resto. E o resto pode passar por terem filhos ou participarem juntos em qualquer outro projecto de vida. A partir daqui o grande desafio é lidar com cada projecto de vida ou até com as crises enquanto equipa – de forma proactiva, responsável e construtiva. A relação precisa de continuar a ser alimentada, tem de continuar a haver tempo para o “nós”, mas também para a individualidade. Se é difícil? É. Mas é preciso fazer escolhas.
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