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12.11.12

PEDIR UM TEMPO


Mais vezes do que se possa pensar, um dos membros do casal opta por pedir um afastamento temporário ao cônjuge. Desengane-se quem considere que isto só acontece em relacionamentos curtos ou pouco sérios. Em sede de terapia, por exemplo, fui várias vezes confrontada com relatos desta natureza envolvendo casais que estavam juntos há muito tempo.

Nalguns desses casos o pedido surgiu
inusitadamente pouco tempo antes…
da data do casamento ou de os
membros do casal passarem a viver juntos.

Isto é, o retraimento surge algumas vezes precisamente quando, aos olhos do cônjuge, tudo estava bem e a relação estaria pronta para avançar para um nível mais sério.

E agora, o que é que eu faço?
Espero?
Faço um ultimato?
Termino a relação?
– Interrogar-se-á a pessoa que é confrontada com este pedido.

Como é expectável, este é um duro golpe na autoestima e nas expetativas de quem estava capaz de projetar o seu futuro ao lado daquela pessoa. Em muitos dos casos a que tenho acedido, mesmo quando a pessoa opta por esperar e a relação é relatada, a mágoa pode perdurar. Nalguns desses casos, essa mágoa é uma espécie de veneno que acaba por corroer a relação ao longo do tempo.

É ou não possível recuperar uma relação depois de uma das pessoas pedir um tempo?
ão há, naturalmente, uma resposta universal para esta questão, na medida em que só a pessoa que pede um tempo é que sabe o que se passa na sua cabeça. É verdade que se pode especular, sobretudo se forem conhecidos alguns dados acerca da relação. O próprio cônjuge pode especular. Mas os motivos por detrás desta decisão têm mesmo de ser claramente conversados a dois. E às vezes a três, em sede de terapia de casal.

Não é fácil continuar numa relação
depois de se ter enfrentado uma rejeição.

Não é mesmo nada fácil, para a pessoa que foi surpreendida com este pedido, arriscar um futuro com alguém que, mais cedo ou mais tarde, pode voltar a hesitar. É por isso que, independentemente dos tais motivos, a pessoa rejeitada precisa de refletir sobre aquilo que sente – até que ponto é que o seu amor é capaz de resistir a este embate? Uma resposta ponderada é essencial para as decisões que se seguem.

Terapia Familiar e de Casal em Lisboa