NÃO HÁ PESSOAS PERFEITAS.
NÃO HÁ PESSOAS PERFEITAS.
NÃO HÁ PESSOAS PERFEITAS.
Isto é o que você ouve quase todos os
dias e também é o que você diz a si mesmo naquelas alturas em que os erros do
seu mais-que-tudo parecem um verdadeiro teste aos limites da sua paciência.
Você não é perfeito e, mesmo que decidisse terminar a relação e partir para
outra, o mais provável é que mais cedo ou mais tarde tivesse de lidar com esses
ou outros defeitos quaisquer.
Você olha à sua volta e reconhece que
os seus amigos também não são perfeitos nem estão casados com pessoas
perfeitas. No entanto, uma análise mais ou menos superficial permitir-lhe-á
reconhecer com relativa facilidade que há, entre as pessoas que compõem a sua
rede de afetos, relações amorosas mais harmoniosas que outras. Até é possível
que haja uma ou outra relação que se aproxime daquilo que você chamaria de uma
relação perfeita. E nos tais momentos em que o comportamento do seu companheiro
o faz esquecer-se dos motivos por que você se apaixonou por ele, você dá por si
a pensar: existem ou não relações perfeitas? Porque é que a minha relação não é tão pacífica e harmoniosa como a dos
meus avós, ou como a dos amigos A e B, que parece que foram feitos um para o
outro?
Eu não conheço nenhuma relação perfeita
no sentido literal, sem zangas, sem erros, sem defeitos. Mas conheço várias
relações que são o exemplo daquilo a que você provavelmente chamaria de
casamento perfeito: relações vivas, em que um e o outro se sentem genuinamente
mais felizes juntos, em que há constantes gestos de afeto e demonstrações de
admiração mútua. Relações em que há um rumo, um propósito, um (ou mais) sonho(s)
a dois. São relações que se caracterizam pela perseverança, pelo foco no que é
realmente importante e pela vontade de contornar os obstáculos (em vez da
vontade de partir para outra à primeira contrariedade).
Uma relação perfeita não depende de
duas pessoas perfeitas, mas sim de duas pessoas que não desistam de ser felizes
juntas.