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12.5.14

FÓRMULA PARA MANTER UM CASAMENTO


Quando se fala em divórcio, a generalidade das pessoas sente uma de duas coisas: medo ou indiferença. Há quem tenha medo de ter de enfrentar um divórcio, medo que o amor que hoje sente e que é correspondido possa desvanecer-se dando lugar ao ódio ou a uma distância irremediável. Há quem tenha medo de passar por aquilo por que os próprios pais passaram – as recordações de um divórcio turbulento podem ser muito traumáticas. Mas também há quem se sinta absolutamente indiferente em relação ao tema – sobretudo por achar que esse é um drama que só acontece aos outros.

De um modo geral, todas as pessoas que estão numa relação de compromisso torcem para que aquele amor seja eterno. Com mais ou menos ansiedade, com mais ou menos medos, a maior parte de nós gostaria mesmo de viver ao lado de alguém “até que a morte os separe”. Muitos esforçam-se, mantendo-se atentos às necessidades do companheiro, fazendo o que podem para o fazer feliz. Outros limitam-se a deixar que o tempo se encarregue de tudo, quase como se achassem que há pouco ou nada a ser feito e que nestas coisas do amor é tudo uma questão de sorte. Não é.

Quase nada no amor é uma questão de sorte. Podemos ter a sorte de conhecer alguém muito interessante. Podemos ter a sorte de essa pessoa se apaixonar por nós. Mas depois o sucesso da relação depende sobretudo de uma fórmula. Não, não é uma fórmula mágica. É uma fórmula que resulta de décadas de investigação. São anos e anos a observar casais – felizes e não-tão-felizes – ao ponto de hoje ser possível prever com mais de 90 por cento de certeza quais é que vão – ou não vão – divorciar-se. Que fórmula é esta?

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O que é que isto significa? Significa que por cada interação negativa que um casal tenha (por exemplo, revirar os olhos, encolher os ombros, fazer um comentário negativo), tem de haver pelo menos CINCO interações positivas (por exemplo, um beijo, um olhar genuinamente carinhoso, um comentário genuinamente positivo). Reparou na repetição da palavra “genuinamente”? Pois é! De pouco ou nada lhe valerá memorizar esta fórmula se, na prática, a sua boca disser uma coisa mas os seus olhos disserem outra. É preciso fazer/ dizer as coisas com GENUÍNA boa vontade. Mesmo que você tente enganar o seu companheiro dizendo algo de bonito, se não estiver a senti-lo, haverá vários sinais não-verbais que o denunciarão – o que só piorará as coisas.


Não é fácil aplicar esta fórmula. Ela implica esforço, foco, dedicação, abdicação, maturidade. Mas é compensador.
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