Quando se fala em divórcio, a generalidade das pessoas sente uma de duas coisas: medo ou indiferença. Há quem tenha medo de ter de enfrentar um divórcio, medo que o amor que hoje sente e que é correspondido possa desvanecer-se dando lugar ao ódio ou a uma distância irremediável. Há quem tenha medo de passar por aquilo por que os próprios pais passaram – as recordações de um divórcio turbulento podem ser muito traumáticas. Mas também há quem se sinta absolutamente indiferente em relação ao tema – sobretudo por achar que esse é um drama que só acontece aos outros.
De um modo geral, todas as pessoas que
estão numa relação de compromisso torcem para que aquele amor seja eterno. Com
mais ou menos ansiedade, com mais ou menos medos, a maior parte de nós gostaria
mesmo de viver ao lado de alguém “até que a morte os separe”. Muitos
esforçam-se, mantendo-se atentos às necessidades do companheiro, fazendo o que
podem para o fazer feliz. Outros limitam-se a deixar que o tempo se encarregue
de tudo, quase como se achassem que há pouco ou nada a ser feito e que nestas
coisas do amor é tudo uma questão de sorte. Não é.
Quase
nada no amor é uma questão de sorte. Podemos ter a sorte de conhecer
alguém muito interessante. Podemos ter a sorte de essa pessoa se apaixonar por
nós. Mas depois o sucesso da relação depende sobretudo de uma fórmula. Não, não
é uma fórmula mágica. É uma fórmula que resulta de décadas de investigação. São
anos e anos a observar casais – felizes e não-tão-felizes – ao ponto de hoje
ser possível prever com mais de 90 por cento de certeza quais é que vão – ou
não vão – divorciar-se. Que fórmula é esta?
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O que é que isto significa? Significa
que por cada interação negativa que
um casal tenha (por exemplo, revirar os olhos, encolher os ombros, fazer um
comentário negativo), tem de haver pelo
menos CINCO interações positivas (por exemplo, um beijo, um olhar
genuinamente carinhoso, um comentário genuinamente positivo). Reparou na
repetição da palavra “genuinamente”? Pois é! De pouco ou nada lhe valerá
memorizar esta fórmula se, na prática, a sua boca disser uma coisa mas os seus
olhos disserem outra. É preciso fazer/ dizer as coisas com GENUÍNA boa vontade.
Mesmo que você tente enganar o seu companheiro dizendo algo de bonito, se não
estiver a senti-lo, haverá vários sinais não-verbais que o denunciarão – o que
só piorará as coisas.
Não é fácil aplicar esta fórmula. Ela
implica esforço, foco, dedicação, abdicação, maturidade. Mas é compensador.