Quando nasce o primeiro filho,
nascem os maiores medos: Será que vou estar à altura? Será que vou ser bom pai/
boa mãe? E á medida que o tempo passa e os desafios vão aumentando as perguntas
multiplicam-se: Será que estou a fazer a escolha certa? Será que estou a
transmitir-lhe as regras mais importantes? Será que estou realmente a ajudá-lo
a transformar-se num adulto feliz e responsável? Hoje partilho algumas dicas
que podem ajudá-lo a ser (mesmo) o melhor
pai ou a melhor mãe do mundo:
1. EVITE CONVERSAS SÉRIAS PREVIAMENTE MARCADAS.
Está a ver aquela história do
“Precisamos de conversar…”? Pois… A ideia do sermão pode ser muito
bem-intencionada mas está carregadinha de armadilhas. O objetivo desta dica é evitar
a crítica excessiva, os rótulos. Procure fugir daquilo que possa impedi-lo de
prestar atenção ao que o seu filho está a sentir. É preferível ter estas
conversas partindo de uma situação específica. É a partir de episódios
concretos que você deve tentar transmitir os valores que considera essenciais.
2. DEIXE-OS ESCOLHER.
Fale sobre as alternativas e
esteja atento à vontade/ aos desejos da criança. Mais importante do que
apontar-lhe os melhores caminhos é ajudá-lo a perceber as consequências
associadas às SUAS escolhas. Procure assumir compromissos com o seu filho e dê
espaço para que ele falhe. Só assim criará espaço para que seja ele a fazer
escolhas positivas e ver a própria autoestima crescer com isso.
Exemplo: “Tens teste de matemática esta semana, como planeias fazer?
Achas mesmo que consegues estudar apenas na véspera?”.
3. PRESTE ATENÇÃO AOS DESEJOS DO SEU FILHO.
Ouça com carinho e empatia.
Aceite todos os seus sonhos, mesmo aqueles que lhe parecem ridículos ou
impossíveis. Lembre-se que todos os desejos e todas as emoções são legítimos.
Mas nem todos os comportamentos o são.
4. LEIA PARA/ COM OS SEUS FILHOS.
Esta é uma excelente oportunidade
para explorar o vocabulário, para falar sobre emoções (dos personagens e não
só) e para ajudar o seu filho a falar sobre aquilo que sente. Ajude-o a
encontrar palavras para exprimir emoções difíceis como a tristeza ou a raiva.
Exemplo: “Nesta história o menino ficou sem o seu bem mais precioso,
como achas que ele se sentiu?”.
Os livros e os filmes são ótimos
pontos de partida para que possa conversar sobre assuntos difíceis como a
perda, o luto, o desgosto amoroso ou a sexualidade. Os livros têm a vantagem de
a leitura poder ser interrompida para conversar mas os filmes tendem a ser mais
apelativos para os adolescentes.
5. NÃO TENTE IMPOR A SUA VONTADE NA RESOLUÇÃO DOS PROBLEMAS DOS SEUS
FILHOS.
Essa é a forma mais rápida de
afastá-los de si! É legítimo que procure usar aquilo que aprendeu com a idade e
tente que o seu filho siga os seus conselhos. Mas quando ele lhe pede ajuda
para resolver um problema, precisa, sobretudo, que você seja capaz de prestar
muita atenção e de mostrar que compreende o que ele está a sentir.
Exemplo: "Fala-me sobre isso. Explica-me como é que te sentes."
tem de vir antes de "Se fosse eu, fazia assim...".