Todos os casais têm problemas –
TODOS! Até os casais mais felizes têm momentos de desencontro e desconexão.
Momentos em que lhes “salta a tampa” e em que perguntam a si mesmos “O que é
que eu estou a fazer nesta relação?”. Depois a neura passa, há um que faz uma
tentativa de aproximação e o amor fala mais alto que o arrufo. Mas há relações
que vão dando sinais de perigo a que é importante prestar a devida atenção.
O que é que pode matar o amor? O
que é que leva a que um casal se encaminhe progressivamente para a rutura? Será
que é a monotonia? As rotinas? A ausência de inovação? E o que é que cada
pessoa pode fazer para evitar que a sua história de amor tenha um fim?
Uma relação amorosa saudável
implica que haja conexão. E isso significa que há hábitos de que devemos fugir:
DEIXAR ASSUNTOS POR DISCUTIR.
No princípio é normal que
evitemos alguns assuntos para evitar que haja conflitos. Estamos apaixonados e
a última coisa que queremos é discutir com a pessoa que amamos. Mas se
quisermos que uma paixão se transforme no amor da nossa vida, não há como
evitar as discussões. Quando uma pessoa deixa de dizer aquilo que pensa ou
sente, começa a anular-se aos poucos. Deixa de contar com o companheiro.
Desiste todos os dias um bocadinho. E quando dá por si, já não tem uma relação
íntima e coesa.
MENTIR.
Algumas pessoas convencem-se de
que as mentiras “pequeninas” são inofensivas. Num dia optam por gastar dinheiro
num produto e dizem que receberam um presente. No outro vão tomar café com um
antigo colega de faculdade e dizem que estiveram numa reunião. Ou então
limitam-se a omitir.
QUERER AGRADAR SEMPRE.
É legítimo que queiramos ser
carinhosos para a pessoa que amamos. E é saudável que façamos cedências para
ver aquela pessoa feliz. Mas não é saudável que usemos máscaras para parecermos
aquilo que efetivamente não somos. Querer parecer “cool”, moderno,
intelectualmente interessante ou outra coisa qualquer aos olhos da pessoa amada
não deve implicar que alguém deixe de assumir aquilo que realmente sente. Quem
escolhe inventar uma personagem com medo de não ser aceite não chega a
construir uma relação sólida.
SER INFLEXÍVEL.
Há pessoas que acham que ter “muita
personalidade” é fazer aquilo de que se gosta e não fazer cedências. Mas
nenhuma relação de compromisso pode durar muito tempo se os membros do casal
não se deixarem influenciar mutuamente. Isso significa que, para que ambos “ganhem”,
muitas vezes, cada um tem de “perder”. Significa que o amor também é feito de “fretes”,
sacrifícios, escolhas que são feitas com o objetivo de fazer o cônjuge feliz.
CRITICAR EXCESSIVAMENTE.
Há muitas formas de se dizer
aquilo que se sente – umas mais saudáveis do que outras. E há um limite para o
número de queixas ou acusações que uma pessoa é capaz de ouvir da boca da
pessoa amada.
PASSAR POUCO TEMPO A DOIS.
Uma relação precisa de ser
alimentada. Mesmo quando há um que está desempregado. Ou quando há filhos
pequenos. Ou quando ambos têm outros compromissos e responsabilidades. Não há
volta a dar. Se não houver afeto, se não houver tempo para namorar (e sim, isso
também significa tempo para a intimidade sexual), se não houver tempo para
prestar atenção ao que o outro sente, a relação entra num caminho de risco
elevado. Porque é muito mais provável que, de um dia para o outro, surja alguém
– no trabalho, no supermercado ou noutro lado qualquer – que preste atenção,
que se mostre disponível, que valorize e que esteja “lá”.
IDEALIZAR EXCESSIVAMENTE.
A pessoa que está ao nosso lado
não é perfeita. Nunca vai ser. Isso significa que, mais cedo ou mais tarde, vai
magoar-nos. Vai cometer erros sérios. Vai deixar-nos desamparados. É preciso
perdoar e valorizar as coisas boas. O amor da nossa vida não é uma personagem
saída de uma comédia romântica e isso tem um lado muito positivo: também
estamos autorizados a falhar. As pessoas que esperam que o companheiro seja
praticamente perfeito arriscam-se a não aceitar a pessoa amada tal como ela é.
Arriscam-se a querer mudá-la à medida das suas necessidades. E ninguém quer
estar numa relação sem ser aceite tal como é.