Borboletas na barriga. Cocktail
de hormonas. Coração acelerado. E uma vontade permanente de estar com a pessoa
de quem se gosta. Isto é o caracteriza o início de uma paixão. Sabemos que é
assim, gostamos que seja assim e - secreta ou explicitamente – desejamos que a
outra pessoa também se sinta assim. Mais: quase todas as pessoas que conheço
desejam viver uma relação séria, daquelas que durem uma vida inteira. Algumas
já sofreram desgostos significativos e partem para cada relação com a
expectativa de que seja desta. Mas o que
é que mostra que a pessoa por quem nos apaixonámos está tão comprometida quanto
nós? A que sinais deveremos estar atentos, caso não sejamos correspondidos
da mesma maneira?
OS OPOSTOS ATRAEM-SE MAS…
É provável que você já se tenha
dado conta de que muitas vezes os opostos atraem-se mesmo. Há uma adrenalina
maior, uma sensação de desafio. MAS… Os estudos na área da conjugalidade
mostram que é preciso haver uma base comum. Pelo menos, se a intenção for a de
viver uma relação duradoura. Assim, no meio da turbulência que caracteriza a
paixão, é fundamental que se questione se você e o seu companheiro partilham
valores e princípios de vida, se têm objetivos semelhantes (ou, pelo menos,
compatíveis) e se pensam com a mesma abertura de espírito em relação a questões
importantes.
CONHECE OS AMIGOS DELE(A)? E A
FAMÍLIA?
Para que uma relação dê certo NÃO
é essencial que você adore instantaneamente a rede de suporte da pessoa de quem
gosta. Nem sequer é importante que ele(a) o(a) apresente aos pais no primeiro
dia de namoro. MAS...
A solução passa quase sempre por
colocar os pontos nos is, falando abertamente sobre as intenções de cada um.
UMA QUESTÃO DE FIDELIDADE.
Independentemente das
características de cada um, há coisas que mudam quando alguém começa uma
relação... e a leva a sério. Mesmo que você esteja numa relação recente, é
expectável que a pessoa que está ao seu lado dê agora muito menos atenção a
outras pessoas do sexo oposto (se se tratar de uma relação heterossexual). Não
se trata de passar a viver exclusivamente em função de si. Trata-se, isso sim,
de mostrar de forma clara que há um compromisso e que não há qualquer intenção
de manter a “porta aberta” a outras relações. Não há amizades coloridas, não há
dúvidas.
SEXO COM OU SEM COMPROMISSO?
Se a pessoa com quem se envolveu
estiver interessada numa relação curta e não num compromisso sério, há um
conjunto de escolhas que a denunciarão. Para começar, é provável que esta pessoa
se recuse a fazer grandes demonstrações de carinho fora do ato sexual. “É como
se fossem duas pessoas diferentes.” é uma descrição comum. Além disso, ele(a)
esquivar-se-á a conversas profundas sobre o rumo da relação. “Prefiro viver um
dia de cada vez.” pode transformar-se numa ótima forma de fugir a assuntos que
sejam percecionados como demasiado sérios e comprometedores.
Se a pessoa de quem gosta é que
determina a altura em que está disponível para si (e não mostra que está atenta
às suas necessidades afetivas), é porque provavelmente não está assim tão
interessada num compromisso sério.
TEM MEDO DE FICAR PARA TIA(O)?
As pessoas mais inseguras e/ou
que nunca viveram uma relação amorosa significativa tendem a baixar
significativamente as suas expectativas, contentando-se com pouco. Se esse for
o seu caso, procure ser honesto(a) consigo mesmo(a). Sente-se desesperado(a)
por estar sozinho(a) há muito tempo? Está farto(a) de estar solteiro(a)? Então
preste muita atenção ao seu atual companheiro. Quanto maior for o seu
desespero, maior é a probabilidade de não prestar atenção a comportamentos da
pessoa amada que podem evidenciar que esta pessoa não está verdadeiramente
comprometida consigo. Converse com a sua rede de suporte. As pessoas que gostam
de si têm o distanciamento suficiente para chamar a atenção para aspetos que
estejam a passar-lhe ao lado.