Sensação repentina de que se está
a ter um ataque cardíaco. Medo de morrer. Sensação de descontrolo. Dor no
peito. Choque. Sensação de estar fora da realidade. Vontade de vomitar. Coração
acelerado. Suores. Tremores. Grande,
grande aflição. Isto é o que caracteriza um ataque de pânico. Algumas
pessoas experimentam todos os sintomas. Outras podem sentir apenas uma parte.
Todas vivem momentos de terror a seguir aos quais surge invariavelmente a
pergunta
1. Respire.
À medida que o coração dispara, a
respiração fica descontrolada e a pessoa sente que tudo pode acontecer. Uma das
primeiras respostas aos sintomas de um ataque de pânico deve ser a respiração
diafragmática. Com a mão na barriga, procure inspirar profundamente ao mesmo
tempo que enche a barriga de ar. Expire lentamente ao mesmo tempo que esvazia a
barriga. A repetição deste exercício durante alguns minutos pode diminuir o
ritmo dos batimentos cardíacos, permitindo que SE sinta um pouco mais calmo. Se
já teve vários ataques de pânico, treine este exercício com frequência - fora
dos momentos de tensão. A prática regular ajudá-lo-á a controlar-se mais
rapidamente caso surjam novos episódios.
2. Fale com alguém.
Um dos medos de quem já passou por
um ataque de pânico é a loucura.
Nem todas as pessoas à sua volta
conseguirão compreender a aflição associada a um ataque de pânico. Mas isso não
significa que seja preferível guardar o sofrimento para si. Conversar com uma
das pessoas que estiver por perto ou telefonar a alguém próximo pode permitir
que mais rapidamente volte a ligar-se à realidade, aceitando que nada de mal
pode acontecer. Muitas pessoas referem que, a partir do momento em que
começaram a assumir o problema, falando sobre ele, passaram a ultrapassar os
ataques de pânico muito mais rapidamente.
3. Não fuja.
Se estiver no meio do
supermercado e tiver um ataque de pânico, a tentação imediata será fugir dali.
Para que ninguém o veja, para que ninguém repare. Mais tarde, o mais provável é
que não queira voltar a entrar em supermercados, com medo de voltar a ter esta
experiência. Depois deixa de frequentar lugares onde esteja muita gente. Mais
cedo ou mais tarde, pode estar confinado à sua casa e ao seu carro. A
experiência de um ataque de pânico é aterradora. Mas faça o que puder para continuar a fazer o que estava a fazer. Se
estava a falar com alguém, tente focar-se na conversa. Se estava no
supermercado, conclua as suas compras. Foque-se no aqui e agora. O importante é
transmitir ao seu cérebro a mensagem de que está mesmo tudo bem. Não há nenhuma
ameaça real.
4. Foque-se.
Se já experimentou um ou mais
ataques de pânico, sabe quão invasivos podem ser alguns pensamentos. A pessoa
convence-se de que está em perigo, mesmo que não consiga identificar qualquer
ameaça. As sensações físicas são tão intensas que é fácil “acreditar” naquilo
que o cérebro parece estar a querer dizer. Mas é possível – sobretudo com
prática – focar a sua atenção noutros pensamentos. Algumas técnicas incluem o
foco na letra de uma canção, prestar atenção aos sons à sua volta (barulho dos
carros, canto dos pássaros ou até o som do vento) ou pura e simplesmente olhar
para as fotografias que tem no telemóvel no sentido de travar a escalada que se
iniciou com o ataque de pânico.
5. Peça ajuda.
Muitas pessoas aprendem a gerir
os ataques de pânico, limitando-se a ficar à espera que eles aconteçam e
fazendo o que podem para que não durem muito tempo. De um modo geral, veem as
suas vidas extremamente limitadas e a vontade de lutar por aquilo que as faz
felizes diminuída. Falar com um profissional habituado a lidar com perturbações
de ansiedade ajudá-lo-á a perceber melhor a origem do problema e a encontrar
estratégias mais sólidas para o resolver.