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12.11.15

SERÁ QUE O TELEMÓVEL ESTÁ A DAR CABO DA SUA VIDA PESSOAL?



Os telemóveis em geral e os smartphones em particular vieram para ficar. E, apesar de alguma controvérsia, a verdade é que a maior parte de nós pretende que assim seja. Boa parte da nossa vida está agora dependente desta tecnologia: agenda, e-mail, Facebook, Whatsapp, lembretes, listas de compras, fotografias e mais um número infindável de aplicações que nos facilitam a vida diariamente. Mas…


Quantas vezes deu por si a espreitar o iPhone a meio de uma conversa importante? Quantas vezes disse a si mesmo(a) que iria só verificar o e-mail e acabou por gastar demasiado tempo a responder a mensagens, consultar o Facebook, o Instagram e o Snapchat? Quantas vezes deixou o seu companheiro “pendurado” enquanto olhava para o ecrã do seu smartphone?

Felizmente, esta é uma área em que a investigação cresce diariamente, o que nos permite fazer escolhas cada vez mais responsáveis. Por exemplo, saiba que:


O telemóvel é e continuará a ser uma ferramenta de comunicação e organização poderosíssima. Mas não vale a pena ignorar o óbvio: há demasiada atenção a ser roubada pelos pequenos ecrãs. E, mesmo quando achamos que temos tudo sob controlo, é relativamente fácil criar momentos de desconexão e desprezo em relação às pessoas de quem mais gostamos.

Assumir esta realidade também passa pela oportunidade de fazermos escolhas mais conscientes (Mindful), que permitam que os smartphones continuem a ser aproveitados sem arruinar as nossas relações afetivas:

PLANEIE ALGUMAS ATIVIDADES SEM TELEMÓVEL.

De certeza que já experimentou a sensação de aflição por se ter esquecido do telemóvel nalgum lugar. Isso mostra quão importante se tornou este aparelho na sua vida. Contudo, o telemóvel também nos impede de aproveitar alguns momentos em pleno. Faça de propósito e planeie alguns minutos do seu dia sem telemóvel. Experimente ler um livro, ver um filme, fazer uma refeição ou mesmo um programa com as crianças livre de quaisquer notificações, mensagens ou telefonemas. Repare nas sensações que surgem nesses momentos.

SEMPRE QUE FOR POSSÍVEL, DESLIGUE O E-MAIL DEPOIS DO HORÁRIO DE TRABALHO.

O facto de recebermos os e-mails no telemóvel dá-nos a ilusória sensação de controlo. Na prática, algumas destas notificações só servem para nos distrair e/ou stressar, interrompendo momentos significativos. Mais: na esmagadora maioria das vezes, não é importante responder ou lidar com determinados assuntos com urgência. Além disso, as pessoas que estão permanentemente ligadas ao e-mail profissional estão em risco muito mais elevado de vir a sofrer de burnout (esgotamento). Desligar o e-mail no final do dia de trabalho trar-lhe-á a sensação de que tem tempo para tudo. Mais: os momentos de efetiva conexão familiar reforçarão a sua autoestima e a capacidade para dar resposta aos problemas.

AFASTE-SE DO TELEMÓVEL PELO MENOS 30 MINUTOS ANTES DE SE DEITAR.

A maior parte das pessoas que conheço habituaram-se a adormecer com o telemóvel ao lado da cama ou, em casos extremos, em cima da cama. De novo, é a ilusória sensação de assim estar em cima dos acontecimentos aliada ao facto de a maior parte dos telemóveis ter a função de despertador. A verdade é que está comprovadíssimo que a luz emitida pelo ecrã do telemóvel é prejudicial ao nosso sono. Além disso, o uso do telemóvel perto da hora de se deitar impedi-lo-á de relaxar progressivamente e de ter uma noite de sono reparador.


SEMPRE QUE FOR POSSÍVEL, DESLIGUE AS NOTIFICAÇÕES.

Habitue-se a desligar o wi-fi e os dados móveis antes de se deitar mas também em alturas em que saiba quão importante é estar “mesmo” lá para as pessoas de quem gosta. Se o telemóvel não apitar, é menos provável que se sinta tentado a interromper um momento de descontração com mais uma espreitadela ao ecrã.

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