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28.6.16

5 DICAS PARA QUE AS TAREFAS DOMÉSTICAS NÃO DEEM CABO DO SEU CASAMENTO


A divisão das tarefas domésticas é um dos primeiros testes à solidez de uma relação amorosa. Tanto que, se não existir verdadeiro entendimento, este é um assunto que pode gerar muitos conflitos aquando do nascimento do primeiro filho. Afinal, é nessa altura que os afazeres se multiplicam, o sono escasseia e é relativamente fácil perder a paciência com braços-de-ferro à volta de quem-fez-o-quê.

No fim de contas, o que é que funciona?

Esqueçamo-nos das regras bonitinhas das teorias sobre o trabalho de equipa.

Como é que os casais reais (e felizes) dividem as tarefas domésticas?

1 DIGA NÃO AO 50/50

Para começo de conversa, é preciso reconhecer que nem todos os casais felizes dividem as tarefas domésticas. É verdade! Há cada vez menos famílias em que um dos membros do casal fique em casa, abdicando de uma carreira profissional mas este modelo familiar continua a subsistir. O importante a destacar é que não há realmente uma fórmula que sirva para todos. Aquilo que faz a família “Silva” feliz não é necessariamente o que contribui para a felicidade da família “Xavier”.

Claro que quando ambos trabalham fora de casa é muito menos provável que as tarefas domésticas possam recair totalmente sobre um dos membros do casal. Na maioria dos casos é preciso que haja uma divisão harmoniosa para que ambos se sintam felizes. E o que é isso de “divisão harmoniosa”? Para uns é qualquer coisa como “Ela limpa a cozinha e as casas de banho; ele limpa a sala e os quartos”. Para outros é “Ela cozinha e ele lava a loiça”. Mas para alguns casais aquilo que funciona é uma divisão aparentemente mais desequilibrada, em que as tarefas domésticas recaem maioritariamente sobre um. Porquê? Porque o outro trabalha muito mais horas fora ou porque trabalha por turnos… ou por outro motivo qualquer.



2 DOSEIE AS EXPECTATIVAS

Precisamente porque há cada vez mais casais de dupla carreira (o que implica que também haja mais homens a participar nas tarefas domésticas), algumas mulheres partem para o casamento com a expectativa de que o companheiro saiba/ queira fazer tudo em casa. Mais: algumas têm mesmo a ambição de que o marido faça as tarefas de forma perfeita (leia-se: à maneira da mulher).

Esperar que o seu companheiro faça as tarefas domésticas à sua maneira é injusto e desajustado.

Para algumas mulheres aquilo que “funciona” é um trabalho de equipa em que um coordena e o outro ajuda. Ou seja, a mulher decide como é que as tarefas devem ser executadas, quando é que devem ser executadas e por quem devem ser executadas. Ao marido competirá receber ordens e, na maior parte das vezes, repreensões.

Dosear as expectativas é aceitar que nem tudo seja feito da forma como gostaríamos. É reconhecer que, como em tudo na vida a dois, para quem ambos ganhem é preciso que ambos cedam.

3 SEJA CRIATIVO

Quando foram viver juntos, o Fernando e a Luísa decidiram que ambos tratariam da roupa lá de casa, sobretudo porque se tratava de uma tarefa pela qual nenhum dos dois morria de amores. Mas alguns meses depois aperceberam-se de que era ela que o fazia na maior parte das vezes. Porquê? Porque a Luísa punha uma máquina a lavar sempre que se dava conta de que havia peças suficientes para uma carga e o Fernando acabava por fazê-lo quase sempre quando o cesto já estava quase a transbordar. Depois de algumas conversas, perceberam que nem a Luísa estava na disposição de estar sempre à espera que o cesto estivesse cheio, nem o Fernando gostaria de estar sempre a verificar se já haveria peças em quantidade suficiente para encher uma máquina. A solução pode não agradar a todos os casais mas funcionou para eles: passaram a ter dois cestos – um para a roupa branca e outro para a roupa de cor – e cada um ficou responsável por um cesto. 

4 NÃO SEJA PRECONCEITUOSO


“O que é que os vizinhos vão pensar se virem um homem a estender a roupa?” ou “Homem que é homem não anda de avental a limpar a casa” são desculpas perfeitas para que as tarefas domésticas recaiam maioritariamente sobre a mulher. E também são excelentes aceleradores para o divórcio. Os estereótipos de género só servem para atrapalhar a sua vida. Na prática, só se os membros do casal estiverem genuinamente felizes e unidos é que uma relação pode continuar a dar certo. Se houver um que insista em continuar na idade da pedra e esteja mais preocupado com o que as outras pessoas possam pensar, a probabilidade de existirem sarilhos (isto é, afastamento progressivo) é muito maior.

5 NÃO INVENTE DESCULPAS

“Tu cozinhas muito melhor do que eu” até pode ser um comentário honesto de quem esteja disposto a aplicar-se noutras tarefas domésticas – e há sempre tanto para fazer numa casa! O problema é quando esta regra se aplica a… tudo. É evidente que continuam a existir diferenças entre homens e mulheres, sobretudo em função da forma como foram educados. E é provável que quando duas pessoas se juntam a mulher esteja mais familiarizada com a maior parte das tarefas. Mas isso não deve ser desculpa para que o trabalho não seja dividido.


Querer que uma relação dê certo também é darmo-nos conta daquilo que podemos fazer para contribuir para o bem-estar da pessoa que está ao nosso lado. Esperar que alguém seja feliz quando se sente sobrecarregado é pouco inteligente e arriscado.
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