Há coisas que você não deve fazer
– pelo menos, se quiser manter uma relação feliz. Eis uma lista das coisas que
ninguém lhe costuma dizer mas que importa que você saiba:
1. FALAR MAL DO SEU COMPANHEIRO
PREJUDICA A SUA RELAÇÃO
É daquelas pessoas que pegam no telefone
imediatamente depois de uma discussão conjugal e desatam a falar mal do
companheiro? A ideia de descarregar a sua fúria com um familiar ou com uma
pessoa amiga pode parecer tentadora. Afinal, você tem oportunidade de
exteriorizar aquilo que estiver a sentir e, assim, até pode ser que se sinta
mais calmo(a) quando tiver de voltar a encarar a pessoa de quem gosta, certo?
Errado. Sempre que liga para outra pessoa para “descarregar” está,
invariavelmente, a falar mal da pessoa amada, a prolongar a sua raiva. O mais
provável é que do outro lado esteja alguém que gosta de si e que vai dar-lhe
razão. Esse conforto pode saber-lhe bem na altura mas dificilmente o(a) ajudará
a melhorar o que quer que seja na sua relação. O seu melhor amigo pode não ser
capaz de o(a) ajudar a reconhecer a sua própria responsabilidade sobre as
dificuldades que está a atravessar. Vai confortá-lo(a), sim. Mas a partilha de
informações pessoais não vai ser útil para ninguém. O mais certo é que essa
pessoa passe a olhar para o seu companheiro com alguma estranheza e algum
desconforto.
2. O SEU COMPANHEIRO CASOU
CONSIGO, NÃO COM A SUA FAMÍLIA
Você adora a sua mãezinha. Tem a
certeza de que ela é a pessoa ideal para o aconselhar em todas as áreas da
vida. Maaaaas... isso não significa que seja ajustado ir a correr para perto
dela a cada tomada de decisão.
É dessa unidade e desse compromisso que
resulta a segurança de que escolheu a pessoa certa para si. Pelo contrário, se
a sua família alargada (pais, irmãos) continuarem a participar em decisões que
lhe digam respeito, é legítimo que o seu companheiro se sinta relegado para
segundo plano.
3. VOCÊ TEM DE PARAR DE TENTAR
"MELHORAR" O SEU COMPANHEIRO
Eu sei que há defeitos
irritantes, há hábitos do seu companheiro que parecem tão fáceis de alterar que
é legítimo que você se sinta tentado(a) a sugerir que ele(a) o faça. Se o seu
companheiro for um preguiçoso nato, que raramente chega a horas ao trabalho, é
normal que você acredite que se lhe der na cabeça tudo possa ser diferente. Se
ele for demasiado dependente dos pais, é legítimo que você se sinta descontente
e que se queixe. Mas há coisas que não vão mudar... mesmo! Não é pessimismo, é
a realidade. Nós vamos sempre a tempo de melhorar alguns hábitos MAS ninguém
muda significativamente só para agradar ao mais-que-tudo.
Viver na esperança de que o seu
amor possa mudar para passar a ir ao encontro do que você gostaria que ele
fosse é uma escolha pouco inteligente. Você precisa de avaliar se está ou não
capaz de aceitar a pessoa que está ao seu lado tal como ela é.
4. CUIDADO COM O MAU-FEITIO
Se está cansado(a) de passar
horas sozinho(a) e se as suas reclamações caem sistematicamente em saco roto,
talvez tenha chegado a altura de fazer uma autoavaliação.
Quando ele(a) entra em casa, o
que é que costuma ouvir?
a) Querido(a)
como foi o teu dia? [interesse genuíno]
b) Como
foi o teu dia? [ao mesmo tempo que espreita o Facebook no seu telemóvel]
c) Fizeste
aquilo que te pedi de manhã? [com ar irritado]
As suas queixas são fundamentais
para que a pessoa que está ao seu lado possa melhorar alguns comportamentos mas
não há relação que resista à inexistência de colo e de demonstrações frequentes
de afeto.
5. HÁ VIDA FORA DO CASAMENTO
Algumas pessoas estão convencidas
de que a pessoa com quem casaram é responsável pela sua felicidade. Depositam
nela todas as expectativas e, claro, vivem frustradas com a aparente
incompetência da pessoa amada. A verdade é que numa relação feliz cada um dos
membros do casal deve ser capaz de alimentar outros laços afetivos e
desenvolver interesses individualmente. É dessa riqueza que também resulta
algum mistério e a capacidade de manter a chama acesa. No final de cada dia, é
preciso que cada um sinta que tem alguma coisa para partilhar e isso é mais
fácil quando ambos cultivam interesses para além da relação conjugal.
6. SE É PRIVADO, NÃO PUBLIQUE NO
FACEBOOK
Nos dias que correm é muito fácil
olhar para as redes sociais como uma forma de terapia. O Facebook até nos
pergunta “Em que estás a pensar?”. E as pessoas que compõem a nossa rede de amigos
virtuais reagem a cada publicação sob a forma de ‘gostos’ e comentários quase
sempre elogiosos. Isto é, cada publicação é uma potencial fonte de retorno
positivo. Mas não há nada de positivo em descarregar a sua neura nas redes
sociais. Sim, alguns amigos até podem mostrar-se aparentemente solidários com o
seu mal-estar ou curiosos em relação à sua indireta.
Se se sentir incomodado(a) com algum
assunto, procure resolvê-lo a dois. Ou então converse com um terapeuta.