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1.6.16

6 COISAS QUE PRECISA DE SABER SOBRE A SUA RELAÇÃO


Há coisas que você não deve fazer – pelo menos, se quiser manter uma relação feliz. Eis uma lista das coisas que ninguém lhe costuma dizer mas que importa que você saiba:

1. FALAR MAL DO SEU COMPANHEIRO PREJUDICA A SUA RELAÇÃO

É daquelas pessoas que pegam no telefone imediatamente depois de uma discussão conjugal e desatam a falar mal do companheiro? A ideia de descarregar a sua fúria com um familiar ou com uma pessoa amiga pode parecer tentadora. Afinal, você tem oportunidade de exteriorizar aquilo que estiver a sentir e, assim, até pode ser que se sinta mais calmo(a) quando tiver de voltar a encarar a pessoa de quem gosta, certo? Errado. Sempre que liga para outra pessoa para “descarregar” está, invariavelmente, a falar mal da pessoa amada, a prolongar a sua raiva. O mais provável é que do outro lado esteja alguém que gosta de si e que vai dar-lhe razão. Esse conforto pode saber-lhe bem na altura mas dificilmente o(a) ajudará a melhorar o que quer que seja na sua relação. O seu melhor amigo pode não ser capaz de o(a) ajudar a reconhecer a sua própria responsabilidade sobre as dificuldades que está a atravessar. Vai confortá-lo(a), sim. Mas a partilha de informações pessoais não vai ser útil para ninguém. O mais certo é que essa pessoa passe a olhar para o seu companheiro com alguma estranheza e algum desconforto.

2. O SEU COMPANHEIRO CASOU CONSIGO, NÃO COM A SUA FAMÍLIA

Você adora a sua mãezinha. Tem a certeza de que ela é a pessoa ideal para o aconselhar em todas as áreas da vida. Maaaaas... isso não significa que seja ajustado ir a correr para perto dela a cada tomada de decisão.


 É dessa unidade e desse compromisso que resulta a segurança de que escolheu a pessoa certa para si. Pelo contrário, se a sua família alargada (pais, irmãos) continuarem a participar em decisões que lhe digam respeito, é legítimo que o seu companheiro se sinta relegado para segundo plano.

3. VOCÊ TEM DE PARAR DE TENTAR "MELHORAR" O SEU COMPANHEIRO

Eu sei que há defeitos irritantes, há hábitos do seu companheiro que parecem tão fáceis de alterar que é legítimo que você se sinta tentado(a) a sugerir que ele(a) o faça. Se o seu companheiro for um preguiçoso nato, que raramente chega a horas ao trabalho, é normal que você acredite que se lhe der na cabeça tudo possa ser diferente. Se ele for demasiado dependente dos pais, é legítimo que você se sinta descontente e que se queixe. Mas há coisas que não vão mudar... mesmo! Não é pessimismo, é a realidade. Nós vamos sempre a tempo de melhorar alguns hábitos MAS ninguém muda significativamente só para agradar ao mais-que-tudo.

Viver na esperança de que o seu amor possa mudar para passar a ir ao encontro do que você gostaria que ele fosse é uma escolha pouco inteligente. Você precisa de avaliar se está ou não capaz de aceitar a pessoa que está ao seu lado tal como ela é.

4. CUIDADO COM O MAU-FEITIO

Se está cansado(a) de passar horas sozinho(a) e se as suas reclamações caem sistematicamente em saco roto, talvez tenha chegado a altura de fazer uma autoavaliação.


Quando ele(a) entra em casa, o que é que costuma ouvir?
a)      Querido(a) como foi o teu dia? [interesse genuíno]
b)      Como foi o teu dia? [ao mesmo tempo que espreita o Facebook no seu telemóvel]
c)       Fizeste aquilo que te pedi de manhã? [com ar irritado]
As suas queixas são fundamentais para que a pessoa que está ao seu lado possa melhorar alguns comportamentos mas não há relação que resista à inexistência de colo e de demonstrações frequentes de afeto.

5. HÁ VIDA FORA DO CASAMENTO

Algumas pessoas estão convencidas de que a pessoa com quem casaram é responsável pela sua felicidade. Depositam nela todas as expectativas e, claro, vivem frustradas com a aparente incompetência da pessoa amada. A verdade é que numa relação feliz cada um dos membros do casal deve ser capaz de alimentar outros laços afetivos e desenvolver interesses individualmente. É dessa riqueza que também resulta algum mistério e a capacidade de manter a chama acesa. No final de cada dia, é preciso que cada um sinta que tem alguma coisa para partilhar e isso é mais fácil quando ambos cultivam interesses para além da relação conjugal.

6. SE É PRIVADO, NÃO PUBLIQUE NO FACEBOOK

Nos dias que correm é muito fácil olhar para as redes sociais como uma forma de terapia. O Facebook até nos pergunta “Em que estás a pensar?”. E as pessoas que compõem a nossa rede de amigos virtuais reagem a cada publicação sob a forma de ‘gostos’ e comentários quase sempre elogiosos. Isto é, cada publicação é uma potencial fonte de retorno positivo. Mas não há nada de positivo em descarregar a sua neura nas redes sociais. Sim, alguns amigos até podem mostrar-se aparentemente solidários com o seu mal-estar ou curiosos em relação à sua indireta.



Se se sentir incomodado(a) com algum assunto, procure resolvê-lo a dois. Ou então converse com um terapeuta. 

Terapia Familiar e de Casal em Lisboa