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20.9.17

3 DICAS PARA MELHORAR A SUA RELAÇÃO (E EVITAR DESENTENDIMENTOS)


Fazer com que uma relação dê certo (já) não envolve segredos. Nem sempre é fácil manter o foco, nem sempre é fácil disciplinarmo-nos para fazermos as escolhas certas mas tudo fica mais fácil quando nos lembramos do que a ciência nos mostra. E as investigações nesta área têm sido claras, evidenciando a importância de determinados hábitos para a construção de laços emocionais seguros que nos permitam ser felizes no amor. Hoje recordo 3 desses hábitos:

PERGUNTAR
«O QUE É QUE EU POSSO FAZER?»

Uma das queixas mais comuns no meu consultório são os “problemas de comunicação”. Quase todos os casais que me procuram referem que, apesar de continuarem a gostar um do outro, não estão a conseguir entender-se. Às vezes sentem que é como se estivessem a falar em línguas diferentes e isso fá-los sentir tristes e desamparados.

Estar feliz numa relação é, acima de tudo, sentir que a pessoa que está ao nosso lado se preocupa genuinamente connosco e que está “lá” quando precisamos. A maior parte das pessoas que conheço dão o seu melhor nesse sentido mas muitas vezes não conseguem compreender o que o outro está a sentir, não são capazes de identificar as suas necessidades e dão por si regularmente envolvidas em discussões sem saída. É por isso que, mais do que fazer o que quer que seja para ajudar, é importante parar para perguntar «O que é que eu posso fazer (por ti)?». E depois é fundamental prestar atenção à resposta. É que às vezes aquilo de que a pessoa que está ao nosso lado precisa é “só” que a ouçamos, que a deixemos deitar cá para fora o que quer que esteja a sentir ou que consigamos mostrar de forma clara que tem o direito de se sentir triste, enfurecida ou amedrontada. Muitas vezes não é preciso mais nada. Às vezes, na ânsia de ajudar, acabamos por fazer escolhas que vão na direção oposta às necessidades da pessoa que amamos.



É dar importância mesmo que nem sempre compreendamos tudo. E é estar “lá” mesmo que não tenhamos de fazer mais nada.

FAZER ESCOLHAS POR AMOR
E NÃO PARA TER ALGO EM TROCA

No amor nada deve ser medido a régua e esquadro. Se há algo que você pode fazer para tornar a vida da pessoa de quem gosta mais feliz, faça. Faça o que estiver ao seu alcance para que ele(a) ria mais, para que se divirta mais, para que cumpra os seus sonhos. Faça-o pelo amor que sente e permita que a felicidade do seu companheiro seja também um bocadinho sua. Evite comparações, braços-de-ferro e cobranças. Não atire à cara as horas que “perdeu” só para lhe fazer um favor.

É justo que ambicione ter uma relação marcada pelo equilíbrio e pelo respeito. É legítimo que queira receber tanto quanto dá e é saudável que se queixe, que apele, para que as suas necessidades também sejam reconhecidas e satisfeitas. Mas reconheça que há alturas em que um tem de dar mais para que ambos ganhem e que há áreas da vida a dois em que não é ajustado nem necessário que haja uma divisão milimétrica dos esforços. Não tem de haver problemas se as tarefas domésticas não estiverem distribuídas de forma simétrica. Não tem de haver discussões porque um tem mais tempo livre do que o outro.



Por exemplo, em relação às tarefas domésticas, converse com o seu companheiro sobre as tarefas de que cada um gosta menos. Talvez possam dar-se conta de que aquilo que é mais penoso para um pode ser concretizado pelo outro.

DEMONSTRAR O AFETO
DE FORMA CLARA

Quase todos os picos de tensão podem ser aliviados com demonstrações claras de afeto. Os beijos, os abraços e as carícias não servem apenas como preliminares da sexualidade. São estes gestos que nos permitem dizer à pessoa que está ao nosso lado que a amamos. São estes gestos – manifestados com entrega e regularidade – que produzem o “milagre” de nos fazer sentir seguros, desejados, amados.

Há muitas alturas em que permitimos que o stress, os problemas e as obrigações do dia-a-dia nos “engulam”.



É ela que atura as nossas birras, os nossos amuos e os nossos disparates e também é ela que nos pode devolver o ânimo e o amparo. Mas para que essa disponibilidade se mantenha é essencial que façamos a nossa parte, que alimentemos a relação de forma contínua.


Da mesma forma que uma planta murcha se não receber a água de que precisa, o seu companheiro sentir-se-á abandonado se não houver gestos que transmitam de forma clara e consistente o amor que sente. Não basta dizer «Gosto de ti» ou «És importante para mim». É preciso dedicar algum tempo todos os dias aos gestos de afeto. Lembre-se: Um beijo de 5 segundos só “rouba” 5 segundos mas permite que o seu companheiro se sinta amado.

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