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8.2.18

O QUE É QUE PODEMOS FAZER TODOS OS DIAS PARA MELHORAR A RELAÇÃO?


O que é que cada casal pode (deve) fazer diariamente para alimentar a relação? Quais são os hábitos que devemos (mesmo) cultivar?

Quando escrevi “Os 25 hábitos dos casais felizes”, procurei descrever de forma clara os comportamentos que mais frequentemente encontramos nas relações felizes e duradouras. Hoje destaco 5 desses hábitos – aqueles que me parece mais importante reter para o dia-a-dia:

#1: DAR VALOR À FELICIDADE DO COMPANHEIRO.

Parece um cliché mas é provavelmente aquilo que mais frequentemente caracteriza uma relação feliz. Querer (mesmo) que a pessoa que amamos seja feliz implica ser capaz de dar importância aos seus sonhos e fazer o que estiver ao nosso alcance para a ajudar a concretizar os seus objetivos. Claro que esta “tarefa” é mais difícil quando nos obriga a sair da zona de conforto e a fazer cedências.

NO DIA-A-DIA isso traduz-se na demonstração clara de interesse, na vontade genuína de perceber porque é que a pessoa que amamos faz certas escolhas e na capacidade de abdicar de alguns objetivos pessoais “só” para a fazer feliz.

#2: TOCAR-SE COM FREQUÊNCIA.

O toque é a linguagem universal dos afetos. Não há forma mais clara de dizer “Gosto de ti”. Os beijos, os abraços, as festinhas são fundamentais para que nos sintamos felizes numa relação. São terapêuticos nos momentos de maior sofrimento. E são muitas vezes a forma de nos reaproximarmos depois de um momento de tensão.

Há muitas alturas em que a última coisa que nos apetece é prestar atenção a necessidades que não sejam as nossas mas é precisamente essa capacidade de continuar a valorizar a pessoa que está ao nosso lado, acarinhando-a fisicamente, que mantém a relação viva.

#3: PERGUNTAR - TODOS OS DIAS – “COMO FOI O TEU DIA?”.

Todos os dias acontecem coisas que mexem connosco, tanto pela positiva, como pela negativa. A certeza de que, à chegada a casa, há alguém que se preocupa, que mostra interesse genuíno por aquilo que temos para contar, deixa-nos mais felizes e seguros.

Na azáfama dos dias é preciso perceber que estas conversas a dois nem sempre vão acontecer de forma tranquila, sem interrupções, em frente à lareira e com um copo de vinho na mão.



O importante é que saibamos tirar os olhos do telemóvel, da televisão ou do jornal para prestar (muita) atenção ao que a pessoa que está ao nosso lado tem para contar.

#4: DISCUTIR COM LIMITES.

Quase todos os casais discutem mas, para que uma relação sobreviva a estes momentos de desconexão, é fundamental que se fuja daquilo a que chamo os venenos da comunicação:

Hipercrítica. Ninguém suporta estar permanentemente a ser alvo de críticas, reparos, chamadas de atenção. Na prática, se houver menos de 5 interações positivas (elogios, carícias, demonstração de interesse) por cada interação negativa (não é preciso que haja gritos), a relação está em risco.

Postura defensiva. «Então e tu?» ou «Não sou só eu que não peço desculpa…» são exemplos claros deste veneno da comunicação. Sempre que a pessoa de quem gostamos se queixa e nos limitamos a contra-atacar, estamos a fugir à oportunidade de assumir a nossa parte. Dizer (mesmo que por outras palavras) «Tens razão» é dar importância aos sentimentos da outra pessoa e abrir caminho para a reaproximação.

Desprezo. Revirar os olhos, virar costas durante uma discussão ou pura e simplesmente desprezar os sentimentos da pessoa que está ao nosso lado são hábitos destrutivos que criam sentimentos de rejeição.

Amuos. Nem sempre é fácil lidar com comportamentos que nos magoam. Às vezes parece que não vale a pena discutir e que o melhor é fechar-se na sua concha. Mas quando o faz, a pessoa que está ao seu lado sente-se excluída, rejeitada, maltratada.

#5: NÃO DAR A RELAÇÃO COMO GARANTIDA.

Para que uma relação continue a fazer com que nos sintamos vivos, é fundamental que haja esforços regulares para sair da rotina, surpreender o companheiro e sair a dois.



NO DIA-A-DIA nem sempre é fácil dizer sim a um convite que não nos desperte interesse, abdicar de uma tarde no sofá para fazer uma atividade de que a outra pessoa gosta. Mas são estes gestos e a disponibilidade para experimentar coisas novas a dois que nos permitem continuar a sentir borboletas na barriga.

Terapia Familiar e de Casal em Lisboa