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11.12.18

4 FORMAS DE TERMINAR UMA RELAÇÃO

4 formas de terminar uma relação

Já ouviu falar em Ghosting? E Benching? Há cada vez mais pessoas que ficam “penduradas” em relações em que não há um verdadeiro compromisso... nem deixa de haver. Na prática, a pessoa é confrontada com mensagens ambivalentes e sente-se confusa. Mas também há quem (ainda) opte por terminar a relação de forma convencional.


Tenho encontrado muitas pessoas na minha prática clínica que se sentem confusas, magoadas e, muitas vezes, culpadas pelo rumo da sua relação. De alguma maneira, foram abandonadas, rejeitadas mas, ao mesmo tempo, recebem demonstrações de carinho e de desejo. Ficam muitas vezes em “stand-by”, à espera de uma definição que tarda em acontecer. Noutros casos, o luto demora a ser feito porque a pessoa com quem se relacionavam desapareceu sem dar explicações.


#1: GHOSTING


Imagine que tem uma relação, sente-se cada vez mais envolvido/a e, de repente, sem que nada o fizesse prever, a outra pessoa deixa de atender o telefone, deixa de responder às suas mensagens, deixa de aparecer. Confuso/a? O mais provável é que, numa fase inicial, se sinta perdido/a, preocupado/a com a possibilidade de ter havido algum problema. Depois repara que a pessoa que ontem dizia que o/a adorava, afinal, está online - no Facebook, no Instagram ou no Whatsapp - e escolhe não responder às SUAS mensagens. O mais certo é que se questione sobre a sua responsabilidade: «O que é que EU fiz?».

A maior parte das pessoas que são expostas a estas situações sentem-se muito confusas, têm muitas dúvidas. Mais tarde vem o ressentimento.

Porque é que isto acontece?

O ghosting é a escolha de quem sabe que a relação não está funcionar (para si) mas não tem coragem para enfrentar o sofrimento da outra pessoa.


Na prática, a pessoa opta por virar a página e esconder-se, fingindo que não está acontecer nada. É, evidentemente, uma escolha que traduz a centração em si mesmo/a e o desrespeito pela outra pessoa. 

#2: ICING - BENCHING - ESFRIAMENTO


Neste caso, aquilo que acontece é que um dos membros do casal vai inventando desculpas para cancelar os encontros: «Hoje não vai dar porque estou com muito trabalho», «Quando der, eu ligo». Quando estão juntos, tudo parece perfeito porque há afeto e a aparente vontade de voltarem a encontrar-se mas depois, por telefone, surgem mensagens contrárias.

Porquê?

A pessoa que faz esta escolha sente uma grande necessidade de manter em seu redor alguém que a deseje. Sabe que aquela não é “A” relação que a satisfaz mas mantém a pessoa na “prateleira” para o caso de se arrepender. Entretanto, vai tentando a sua sorte com outras pessoas.

De uma maneira geral, este é o caminho mais rápido para o ressentimento. A pessoa sabe que está a ser rejeitada e sente-se, obviamente, muito magoada.

#3: BANHO-MARIA


Este comportamento é muito semelhante ao anterior mas, neste caso, aquilo que acontece é que a pessoa vai reduzindo os encontros. Isto é, quando estão juntos, está tudo ótimo mas, no final, a pessoa é capaz de dizer «vemo-nos daqui a 15 dias». Também pode acontecer que cancele os planos à última hora sem grande preocupação com os sentimentos da outra pessoa.

Porquê?

A pessoa quer claramente explorar outras opções. Reconhece que a relação não está a funcionar mas gosta da ideia de ter alguma segurança.


Para quem fica pendurado/a, a sensação é a de que algo está muito mal e de que o fim está próximo mas, ao mesmo tempo, a pessoa sente-se confusa e tem dificuldade em desprender-se porque os encontros vão alimentando a esperança.

#4: RUTURA CLARA


A relação acaba de forma clara quando a pessoa consegue dizer «Para mim, já não dá». Idealmente, isto acontece de forma presencial, olhos nos olhos e, ainda que a conversa seja dura, a pessoa faz a sua escolha de forma inequívoca.

Porquê?

Isto só é possível quando a pessoa se conhece suficientemente bem, sabe que aquela relação não vai dar certo e tem confiança em si mesma em relação ao futuro. Isto é, a pessoa toma esta decisão convicta de que, mais cedo ou mais tarde, vai encontrar alguém com quem possa sentir-se mais feliz.

Neste caso, há uma resolução imediata. A situação fica esclarecida, sem qualquer ambiguidade. Claro que há mágoa e pode levar algum tempo até que as duas pessoas queiram voltar a ver-se e/ou serem amigas. Mas o luto é muito mais rápido e a autoestima não é desgastada. Qualquer rutura dói mas tudo se resolve mais rapidamente quando há clareza, honestidade e respeito.

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