O que é que podemos fazer – ao longo do dia e perto da hora de deitar – para dormir (e viver) melhor?
O QUE FAZER PARA DORMIR MELHOR?
#1: ESCUTAR O PRÓPRIO CORPO
Quando começamos a bocejar, a esfregar
os olhos ou a alongar o corpo (espreguiçar), estamos claramente a receber
sinais claros de que o nosso corpo precisa de descansar. Para alguns de nós,
estes sinais são o empurrão para mais um cafezinho, de maneira a aguentar mais
um par de horas e, assim, concluir algumas tarefas ou simplesmente ter tempo
para ver um episódio da nossa série de televisão preferida. Mas este é um
péssimo hábito. O ideal é respeitar os sinais que o nosso corpo emite e ir para
a cama.
#2: TER UM HORÁRIO REGULAR
Não é por acaso que as pessoas
que trabalham por turnos têm tantas queixas relacionadas com as perturbações do
sono.
Quando nos habituamos a
deitar-nos sempre à mesma hora, ajudamos o nosso corpo a reconhecer a altura de
descansar. Por outro lado, dessa disciplina resulta o hábito de dormirmos o
número de horas de que precisamos.
#3: NÃO USAR DESPERTADOR
Para quem vive nas grandes
cidades e gasta algum tempo no meio do trânsito, esta sugestão pode parecer uma
heresia: como é que se pode viver sem despertador e correr o risco de chegar
tarde ao trabalho?
Para que o corpo não esteja em
privação, o ideal é tentarmos deitar-nos mais cedo.
#4: EVITAR ATIVIDADES
ESTIMULANTES (AO DEITAR)
Atualmente é comum dormirmos
com o inimigo: o telemóvel. A verdade é que o brilho dos ecrãs dificulta o
nosso sono. O ideal seria não recorrer aos ecrãs perto da hora de deitar, mas,
se não conseguir, tente, pelo menos, diminuir o brilho do ecrã do telemóvel,
baixar o volume da televisão e usar uma luz de baixa intensidade no quarto.
Quanto menos barulho e luz houver, maior será a probabilidade de conseguir
relaxar perto da hora de dormir.
Escusado será dizer que é
proibitivo trabalhar perto da hora de deitar. Mesmo que defina prazos
aparentemente razoáveis que lhe permitam, em teoria, dormir as imprescindíveis
8 horas, é provável que se sinta demasiado acelerado(a) e que tenha muita
dificuldade em adormecer. E não só as preocupações que o(a) impedem de dormir.
O entusiasmo e a excitação associados ao planeamento de atividades de que
gostamos também podem roubar-nos o sono.
Ainda a propósito da evitação de
atividades estimulantes perto da hora de dormir, é importante ter cuidado
com aquilo que come e bebe. Evite beber café, comer chocolates ou comidas
demasiado pesadas. Em alternativa, os chás de ervas podem ajudá-lo(a) a relaxar
e a dormir melhor.
#5: SE ESTIVER ACELERADO(A),
PROCURE UMA ATIVIDADE RELAXANTE
Há alturas em que a nossa mente
nos trapaceia: queremos dormir, reconhecemos que precisamos de descansar, mas…
a mente não desliga. Nestas alturas, pode ser tentador agarrar no objeto que
mais frequentemente nos ajuda a lidar com os tempos mortos – o telemóvel -, mas
isso pode piorar as coisas. É preferível procurar uma atividade que seja mais
relaxante e que nos ajude, de facto, a “desligar”. Para algumas pessoas, um
banho quente é a solução. Para outras, o ideal pode ser ler um livro. Para
outras, ouvir música é a melhor opção. O ideal é respeitar aquilo que sabe
sobre si mesmo(a).
Uma opção que nos
pode ajudar a acalmar a mente
é a prática de meditação mindfulness. Há várias
aplicações de telemóvel e vídeos na Internet com
meditações guiadas. Descarregue uma destas
alternativas, coloque os auriculares e deixe-se levar.
A prática diária de meditação ajudá-lo(a)-á a
sentir-se mais focado(a), mais relaxado(a) e mais
produtivo(a) durante o dia e mais calmo(a) ao deitar.
é a prática de meditação mindfulness. Há várias
aplicações de telemóvel e vídeos na Internet com
meditações guiadas. Descarregue uma destas
alternativas, coloque os auriculares e deixe-se levar.
A prática diária de meditação ajudá-lo(a)-á a
sentir-se mais focado(a), mais relaxado(a) e mais
produtivo(a) durante o dia e mais calmo(a) ao deitar.
Ouço muitas vezes frases como «Eu
não tenho jeito para meditar» ou «Eu não consigo meditar», que
traduzem sobretudo desconhecimento e algumas ideias feitas sobre esta
ferramenta terapêutica. A verdade é que a meditação mindfulness não tem nada de
esotérico ou religioso e também não requer propriamente esforço ou alguma capacidade
especial. Para meditar, basta que tiremos alguns minutos por dia (todos os
dias) e que observemos o momento presente.
Partilho aqui uma meditação
guiada, com a duração de 10 minutos, que pode fazer toda a diferença para quem
procura acalmar a mente e eliminar os pensamentos negativos:
Lembro que é a prática regular que traz frutos. Da mesma maneira que precisamos de ir ao ginásio com regularidade para desenvolver os nossos músculos, é crucial que nos disciplinemos para trabalhar o “músculo” do cérebro.
O stress e a ansiedade dos nossos
dias refletem-se na qualidade do nosso sono. Não adianta tentarmos criar um ambiente
relaxante em casa se, ao longo do dia, mal tivermos tempo para relaxar. A nossa
mente não tem um interruptor on/off, pelo que precisa que lhe ofereçamos outras
oportunidades para relaxar.
A prática de desporto e a
socialização com pessoas de quem gostemos são duas escolhas que nos ajudam a
aliviar o stress. Comprometa-se com um desporto que lhe permita “desligar” das
preocupações pelo menos duas ou três horas por semana e procure incluir na sua
agenda pelo menos uma saída por semana em que consiga relaxar junto das pessoas
de quem gosta.